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COMISSÃO DA VERDADE REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA DURANTE CIENTEC

A Comissão da Verdade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizou na manhã desta sexta-feira, 25, a audiência pública “Verdades Cruzadas”. Na ocasião foram ouvidos depoimentos do professor Aldo da Fonseca Tinôco e do advogado Marcos Guerra, assim como apresentado relatório da atuação da Comissão.


O evento aconteceu no auditório Otto de Brito Guerra, na Reitoria, como parte da programação da XIX Semana da Ciência, Tecnologia e Cultura (CIENTEC). Participaram o presidente da Comissão da Verdade, Carlos Gomes, o assessor especial da Reitoria Tarcísio Gurgel e o membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Norte Djamiro Acipreste.


Em seu depoimento, Aldo da Fonseca contou que era estudante do Atheneu Norte-rio-grandense quando despertou para a participação política. O professor foi preso por quatro meses juntamente com o ex-deputado Floriano Bezerra e o ex-prefeito Djalma Maranhão. Emocionado, ele falou sobre o período da prisão: “foi uma tortura psicológica, maltratavam meus colegas. Era um período difícil, mas sempre com a esperança de que essa situação mudaria”.


Aldo participou do projeto “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”, campanha de alfabetização do então prefeito Djalma Maranhão. “Djalma era o líder do movimento, e nós queríamos combater o analfabetismo na cidade”, explicou.


O advogado Marcos Guerra relatou que, após sucessivas prisões na década de 60, resolveu exilar-se. “O exílio foi uma forma de denunciar a ditadura lá fora”, afirma. Ele comenta como foi o movimento dentro da UFRN. “O impacto da repressão nesta Universidade é diferente do de outras instituições, pois o golpe queria derrubar a nossa Universidade no momento de inicio de criação da UFRN”.


Marcos Guerra conta que participou de vários projetos sobre educação, um deles o programa criado pelo educador pernambucano Paulo Freire que visava à alfabetizar cidadãos de Angicos. “O método estimulava os adultos a ler e a escrever a partir das experiências de vida das pessoas de Angicos”, lembrou.

(11/02/2014 às 00:00)



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